terça-feira, 23 de junho de 2009

MeViTeVendo

Jacques Lacan & Atchim

Divagações acerca do imaginário e suas implicações no amor, no ódio e na agressividade, acompanhado de uma gripe da "pantera".

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Quero voltar pra barriga da minha mãe, porque lá não tem maldade

Olhar em tempos Pós-Modernos é como viajar em torno de si mesmo. O inferno do mesmo, como dizia Baudrillard.
O olhar capturado pela coisa, pela mercadoria se torna um olhar-sintoma...Um olhar Fantasma colado no semblante do objeto. O Sujeito barrado é expulso de suas conexões jogado na ordem do mais-gozar Lacaniano. Nessa trajetória errante, a subjetividade é subsumida por representações das coisas, por simulacros digitais relembrando Blade Runer de Ridley Scot. Quem é o próximo Replicante? A dobra ou os desdobramentos da alienação ótica força a linguagem do visível ocultando a visão pela hiper-visibilidade, pela saturação da imagem, pela necessidade do excesso, do monstruoso. O olhar do outro é uma representação monstruosa. Nesse sentido os afetos, os laços sociais são fragilizados numa teia de significações perversas que repõem na economia Psìquica as tensões necessárias para manter a ordem capitalista vigente.
Diante da falência de uma certa lei mínima, Eros e Tanatos brigam num jogo Kafkano, ou Bergmniano. Serpente nem sente que me envenenou num olhar Caetânico. A Música parece uma opereta que não consegue desdobrar intervalos, nem silêncios.
O fim das vanguardas, ou o fim das retaguardas evoca uma perda violenta de sentido existencial. Nessa sociedade Policial, como dizia Foucault, é preciso Vigiar e Punir.
O Louco, o Poeta, o Visionário expulsos pelo olhar Platônico trazem na potência dionísica o choro de Nietzsche!...Broduway ou Holiwood não são meras marcas... Parece que expulsaram também o Fantasma da Ópera e o encarceraram em algum lugar. A Ópera em nosso olhar vazio, cheio de desejo... O desejo resvala, exala e inala os perfumes de nosso tempo. Talvez um passeio pelo desejo possa abrir certas janelas... Talvez Afrodite seja mais que um Filme de Wood Allen.