quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Sabedoria Popular

“Antes do casamento, abra bem os olhos. Depois do casamento, feche bem os olhos.(...) O casamento mais harmonioso é o de uma mulher cega com um homem mouco.”
Do Almanaque O Juizo do Ano, de Manoel Caboclo e Silva, Juazeiro do Norte, 1995.

Metalinguística


SAI PRA LÁ, URUBU!
ou
Dê uma distância regulamentar tomando como ponto de referência a minha pessoa, ó imensa ave com predomínio de melanina negra e comedora de carcaças animais.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O negócio tá russo, Rousseau!

Dando continuidade ao meu intento de escrever qualquer asneira nesse espaço, venho tecer algumas considerações acerca de Rousseau (leia russô!), um cara meio polêmico que viveu nas efervescências do século XVIII.
Jean-Jaques Rousseau é suíço, nascido em Genebra. Digamos que ele sente um forte apelo ao retorno do homem as suas raízes junto a natureza, da forma primitiva, quando não havia uma sociedade civilmente organizada. A civilização, na sua ótica, estragou tudo, sendo responsável pela degeneração das exigências morais mais profundas da natureza humana:“não se trata, portanto, de acabar com as academias, as universidades, as bibliotecas, os espetáculos. As ciências e as artes podem muito bem distrair a maldade dos homens e impedi-los de cometer crimes hediondos”. Ou seja, é necessário se servir das ciências e das artes, como se remédio fosse, para curar o próprio mal que causaram.
Sei, caro leitor, você deve estar pasmo com tamanha estupidez; saibas tu que até Voltaire quase regurgita ao se deparar com tal pensamento, chegando a comentar que “ninguém jamais pôs tanto engenho em querer nos converter em animais, ler Rousseau nos faz nascer o desejo de andar em quatro patas”.
Tenhamos calma, a intenção do nosso filósofo não era exaltar a animalidade do selvagem, porém sua mais profunda humanidade em relação ao homem civilizado. Ele entendia que segregado da sociedade, o homem poderia adquirir o avanço dos horizontes intelectuais, o enobrecimento dos sentidos e a elevação total da alma.
Se os abusos do estado social civilizado não o colocassem abaixo da vida primitiva, o homem deveria bendizer o instante que o arrancou da animalidade e fez de um ser estúpido e limitado uma criatura inteligente.
Entendamos a linha de pensamento de Rousseau que quis combater os abusos e não repudiar os mais altos valores humanos, como nos deixou a impressão no inicio dessa prosa.
Só para termos uma idéia da influência desse “maluco”, muitos dos movimentos que buscavam a liberdade beberam da sua fonte (Marxismo, Anarquismo etc).
Ok, tá bem, não precisam ficar enchendo minha caixa de e-mail pedindo que pra postar alguma outra coisa. Qualquer dia eu volto a trazer outro pensador ou, quem sabe, alguma estratégia para dominar o mundo.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

R$

O dinheiro não é tudo e, muitas vezes, não é nem mesmo suficiente.

(i)moralidade na Administração Pública

Tá, já sei, é um tema muito batido, mas sempre cabe mais uma colocação, principalmente por que convivememos com isso diariamente.
Falar da (i)moralidade na administração pública brasileira num país corroído e apodrecido pelos germes sépticos da “politicagem” é matéria que dá muito pano para a manga. Somos levados ao acomodamento e a pensar que “as coisas são assim mesmo, que não tem jeito que dê jeito”; enquanto isso, a grande maioria fica aí nas praças, dando milho aos pombos, anestesiados e impotentes, assistindo o “trem da alegria” passar. Sim, “trem da alegria”, expressão utilizada para designar o rebanho de parentes que ingressam no serviço público sem prestar qualquer tipo de seleção pública, pois o “câncer” do apadrinhamento ainda nos acompanha atualmente.
Será que podemos falar que tudo que ocorre nesse cenário deve-se ao problema de “miopia” dos nosso administradores que são, na maioria das vezes, incapazes de distinguir o público do privado? Não!
A História nos mostra que esse “câncer” nos acompanha desde os tempos do Brasil-Império. A principio, a intensão do administrador é a de manter o controle em toda as esferas do Poder, colocando seus subordinados em funções de confiança para desempenhar papéis de chefia, mas, sabemos nós, que estes não passam de “laranjas”, que emprestam seus nomes apenas por mera formalidade, posto que o que mais importa são os rendimentos mensais em suas contas bancárias.
É certo vermos a “politicagem” acontecer no inicio de cada gestão de governo, seja ele em qual esfera for (federal, estadual ou municipal). Um guerra de interesses por um “lugar ao sol” é travada entre os partidos políticos que compuseram a chapa vitoriosa, um posto que tenha uma notória visibilidade e que haja a possibilidade de se levar a maior quantidade de asseclas1.
Com base nas observações acima, é possível concluir o quanto temos que avançar, para que haja uma administração pública decente, que respeite a feição republicana do Estado brasileiro, a
democracia e o combate à corrupção.
1Partidários.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Conte-nos, Comte!

O pensamento Positivista nasceu com Auguste Comte, francês, nascido em Montpellier em 1.798. Comte é considerado também o pai da Sociologia. O Positivismo surgiu no apogeu do Iluminismo e durante a crise social no fim da Idade Média. Tais eventos ajudaram a fomentar a Revolução Francesa.
Diante deste panorama, a doutrina Positivista conseguiu congregar muitas pessoas ao seu redor, pois trazia consigo um desprendimento das idéias teocêntricas, que alienava o povo. Trouxe respostas para questões que até então só era explicado pelo ótica divina. À luz da razão e da ciência, Comte não apenas inaugurou uma nova corrente filosófica, como se propôs reformar a sociedade pela linha intelectual, seguindo os seguintes passos: reorganização intelectual, reorganização moral e reorganização política.
A raiz etimológica “positiva” vem trazer idéias que se contrapõe entre si, significando o real se opondo ao quimérico, o útil ao ocioso, a certeza à indecisão, o preciso ao vago, o relativo ao absoluto.
Segundo Comte, o homem deve passar por três estágios ao conceber as suas idéias: teológico, metafísico e positivo.
No estágio teológico o homem recorre aos deuses para solucionar as dúvidas acerca da sua origem, do seu fim, além de busca compreender a sede pelo absoluto. No estágio metafísico o homem percorre metade do caminho, trazendo elementos positivos para as dúvidas ainda existentes sobre sua origem e fim, só que no lugar dos deuses há outras entidades abstratas em que se apoiar. Por fim, no estágio positivo, o homem não está tão preocupado com o "porquê" das coisas, mas sim com o "como"; há uma relativização de todos os conceitos já adquiridos, passa-se a entender que as verdades variam conforme a época, o lugar, grupo social etc. É nesse estágio que se dá a aplicação de técnicas cientificas para restabelecer a ordem na sociedade.
Desta forma, o pensamento positivista vem trazer incremento para o progresso do bem-estar moral, intelectual e material da sociedade.