sexta-feira, 15 de maio de 2009

A poeira e a estrada

Atendendo a vários pedidos e algumas ameaças, disponho a todos os assíduos leitores deste cunhão duas pérolas do cancioneiro nordestino, advindas do cantor e compositor pernambuncano Maciel Melo, verdadeiros tratados epopéicos da vida interior do homem do sertão.


Amigo olhe a poeira olhe a estrada. Olhe os garranchos que arranham pensamentos. Entre o cascalho vá separando os espinhos. Não esqueça que os caminhos são difíceis pra danar. Nem todo atalho diminui uma distância. Nem toda ânsia no final tem alegria. Veja na flor que o espinho lhe vigia. A noite adormece o dia e a lua vem lhe ninar. Devagarinho vá pelo cheiro das flores. Siga os amores nunca deixe pra depois. Nem tudo é certo como quatro é dois e dois. Nem todo amor merece todo coração. Se a poesia ainda não lhe trouxe o fermento. E o sofrimento entre o amor ganhou a vez. Nem tudo é eterno quando a gente ama. Por isso amigo não se entregue agora. Talvez um dia o mundo lhe peça perdão. Por isso não se perca não. Os amores vão e a gente fica.

3 comentários:

Juliana disse...

Pedidos e ameaças?! sério?? diga quem foi pra eu mandar prender menino! kkkkk

Dalila Meneses disse...

"E o sofrimento entre o amor ganhou a vez. Nem tudo é eterno quando a gente ama."

Hum rum...

Unknown disse...

se não merece todo coração não é AMOR.