segunda-feira, 27 de julho de 2009

Fugacidade ou Fuga, cidade?

Se eu não acreditasse na vida, se perdesse a confiança na mulher querida, se perdesse a confiança na ordem das coisas, se me convencesse até de que tudo, ao contrário, é uma desordem, um caos maldito e talvez até demoníaco, mesmo que todos os horrores da frustração humana me atingisse, ainda sim eu teria vontade de viver, e já que trouxe esse cálice aos lábios não o afastaria de mim enquanto não esvaziasse! Pensando bem, lá por volta dos quarenta anos certamente largarei o cálice mesmo sem esvaziá-lo e me afastarei... não sei para onde. Mas até os quarenta anos, disso estou firmemente certo, minha mocidade vencerá tudo – qualquer frustração, qualquer aversão a vida. Muitas vezes fiz a mim mesmo esta pergunta: se existirá no mundo um desespero que vença em mim essa sede frenética e talvez insana de viver, e decidi que tal coisa parece não existir, ou, reiterando, não existe antes dos quarenta anos, porque depois eu mesmo já não vou querer, assim me parece.

3 comentários:

Leo disse...

eu acho muito radical aos quarenta...

Unknown disse...

Nem pense!!! aos quarenta esta sede vai estar ainda maior.

Ceci disse...

Aos quarentas tudo fica melhor, talvez até a vontade de viver seja maior, mas quando se tem um amor verdadeiro, a vida passar a ter um significado diferente. Até lá aproveite ao máximo, pois, as experiências serão de suma importância para se ter uma vida feliz, mesmo depois dos quarenta.